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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Grande entrevista - António Gaiteiro

Esta entrevista foi gravada a 01 de Abril de 2009 pelas 18h00 por Artur Moreira.
Hoje a grande entrevista Fut-Porto-Distrital é com um homem sobejamente conhecido no meio do futebol distrital da Associação de Futebol do Porto, falamos de António Gaiteiro, 56 anos de idade, é treinador de futebol, no seu curriculum conta com quatro títulos de Campeão Distrital Amador ao serviço do Grupo Desportivo Leões da Agra, tem em seu poder um feito ainda não alcançado por nenhum outro treinador de futebol que é a conquista do record de vitórias consecutivas, nada mais, nada menos, do que 27, também ao serviço do Grupo Desportivo Leões da Agra, conta ainda com uma subida à Divisão de Honra ao serviço do Custóias após ter conquistado o pódio na 3ª posição da 1ª Divisão sem que antes tivesse ficado em 2º na Série 1.
Passou por diversos clubes que lhe deram notoriedade, como o Leões da Agra que foi a rampa de lançamento para o Distrital, pelos Sport Progresso, pelo Custóias entre outros.
Um homem do futebol que vive para o futebol.

Fut-Porto-Distrital [FPD]: Boa Tarde, António Gaiteiro.
António Gaiteiro [AG]: Boa tarde.

FPD: Falta acrescentar alguma coisa a esta minha introdução?
AG: Não, basicamente está tudo aí.

A saída do Custóias FC
FPD: Antes de nos enquadrar sobre o seu percurso, pergunto-lhe: Qual foi a verdadeira razão para a sua saída do Custóias?
AG: Aquilo que no futebol acontece que são os maus resultados

FPD: Arnaldo Martins na sua rubrica “A bola é minha” no jornal “Matosinhos Hoje” faz hoje o seguinte comentário ”Sinceramente, também não percebo porque se despede um treinador que, em dois anos e meio, levou um clube que se encontrava na cauda da tabela da I Divisão para a Divisão de Honra, tendo em 83 jogos ganho 36, empatado 31 e perdido 16 vezes”, ou seja, agora digo eu, como é que um treinador que chega meio da época a um clube na zona de descida, consegue a manutenção, na época seguinte é terceiro e sobe à Honra, na presente época está a seis pontos acima da linha de descida e trabalha nas condições de “casa às costas” e é despedido, pode-se falar de ingratidão pela Direcção do clube?
AG: Ingratidão, não direi da direcção toda mas de uma ou outra pessoa.

FPD: Depois de ter dado tanto de si ao clube e colocar o clube num patamar que muitos contavam quando nele pegou que seria a 2ªa divisão, não sente desilusão de não ser o treinador da casa nova, não acha que merecia pelo menos essa distinção de modo a ficar com o seu nome ainda mais ligado ao clube?
AG:
Isso, não, não, não porque no futebol as coisas acontecem muito rapidamente e quando menos as pessoas esperam, isso, de ser ligado, ser o treinador do complexo, aliás o complexo foi-me prometido em Janeiro e ele ainda não está pronto e nem sei se na próxima época ele estará pronto. Conforme isto está a andar, segundo eu sei nem sei se vai ficar pronto, portanto não sinto desilusão nenhuma.
Sinto desilusão sim, foi ter saído da maneira de como saí, acho que merecia um bocadinho mais de consideração.

FPD: Eu, como homem do futebol, reconheço que para a estreia no escalão maior do futebol distrital, estava a fazer uma boa época, (a direcção achou que não mas isso são coisas do futebol que o homem comum não entende) contudo, não sou o único, e penso que dentro do clube e principalmente os adeptos que acompanhavam a equipa sentiam grande carinho pelo António Gaiteiro, conforme demonstra o comentário que deixaram no nosso blog após a sua saída “Os clandestinos agradecem todo o trabalho feito pelo mister Gaiteiro. Todas as felicidades para seu futuro” quer comentar?
AG: Agradeço, é sinal que o meu trabalho foi reconhecido e agradeço principalmente aos sócios do Custóias o apoio que me deram, à claque o apoio que me deram e senti sempre que tinham muito carinho por mim, espero que continuem a dar esse mesmo carinho aos jogadores e ás pessoas que lá trabalham, porque para o bem do Custóias que é isso que é importante.

FPD: Com outras condições como ter casa própria acha que poderia fazer ainda mais e melhor do que aquilo que conseguiu?
AG: Não tenho dúvidas que sim, claramente que sim, só quem trabalha naquelas condições é que sabe avaliar o quanto é difícil trabalhar assim, e este ano em situações que períodos de treino que nem luz tinha para treinar. Só eu sei, eu e os meus jogadores e as pessoas que estavam perto de mim é que sabemos dar valor o quanto foi difícil trabalhar naquelas condições, por isso é que muita gente que não sabe as condições em que trabalhamos, não dão valor a isso. Mais ainda, o meu trabalho sai valorizado por essas dificuldades imensas, porque são muitas, não ter campo próprio, andar a treinar no campo de um lado, não ter luz para treinar, acho que quero aqui se me permite, agradecer ao Leça do Balio e ao seu Presidente e à sua Direcção, pelo apoio que me deram a mim, como treinador do Custóias enquanto lá estive que foi incondicional neste tempo que lá estive.

FPD: Para fecharmos o capítulo Custóias quer deixar algumas palavras de apreço ou apoio aos que ficaram ou aos que vão começar esta nova etapa no Clube?
AG: Aos que ficam, são os jogadores que mandaram mensagens, quase 90% do plantel me telefonou, mandou mensagens a agradecer tudo o que fiz por eles e apoio que lhes dei e que continuem que trabalhem e que façam muito em prol do Custóias, porque aquela gente do Custóias merecem, os sócios, a claque, os directores, merecem acho que devem fazer tudo por tudo para que o Custóias se mantenha na Divisão de Honra, porque quanto a isso eu não tenho dúvidas que vai conseguir, eu saio do Custóias acima da linha de água e acho que não vai haver grandes dúvidas que o Custóias vai ficar na Divisão de Honra, porque o merece por tudo quanto tem feito e porque é um clube que está a trabalhar em condições muito adversas.

Foi assim a primeira parte da entrevista com António Gaiteiro, mais tarde daremos a segunda parte da entrevista, onde se falou na sua carreira desportiva, nos bons e maus momentos e outros assuntos do interesse futebolísticos e do seu futuro para além de uma surpresa.

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