Futsal - Antevisão da Final 1ª Divisão

Damos continuidade nas antevisões dos treinadores que vão disputar as finais, hoje é a Final da 1ª Divisão Sénior, com as respostas de José Carlos Alves (Treinador do Sache) e Francisco Fardilha (Treinador do ADC Coopermaia), ainda hoje apresentarei a antevisão á final de iniciados da 2ª Divisão.

CD Sache
1ª - Resumo da fase regular, a competição, as virtudes e defeitos, os momentos capitais etc, etc..
Fomos sem dúvida a equipa mais regular ao longo de todo o campeonato.
De salientar que apenas perdemos a 1ª posição na jornada 6, recuperando imediatamente a seguir, ou seja, na jornada 7 o 1º lugar.
Foi um campeonato bastante competitivo, mas onde se demonstra a pouca organização de algumas equipas, nomeadamente no número de atletas que apresentavam nos jogos/convocatórias.
Conseguimos ultrapassar a fase após paragem do campeonato/Natal, em que estavamos a atravessar um bom momento e onde foi bastante difícil retomar o bom futsal e o consequente bom momento atrás descrito.
2.º- Conhecimento do adversário?
Tenho o conhecimento que entendo necessário como treinador, mas como deve entender devo guardar para mim e para os meus jogadores a melhor forma de o tentar vencer.
3.º- Sobre o teu plantel….
Tenho sem dúvida um plantel bastante valioso técnica e tácticamente, mas devo salientar a total entrega dos atletas em todos os aspectos, tais como, assiduidade aos treinos, vontade de melhorar e aprender, fácil integração dos novos elementos, manutenção em parâmetros bastante elevados daquilo que eu entendo ser fundamental numa modalidade colectiva, ou seja, a união entre todos.
4.º - Antevisão da final.
Prevejo um jogo difícil, mas nada que não tenha sido a nossa "sina" ao longo da Fase Regular.
José Carlos Alves - Treinador C. D. Sache

ACD Coopermaia

1ª - Resumo da fase regular, a competição, as virtudes e defeitos, os momentos capitais etc, etc....
Foi uma fase regular naturalmente atribulada.
Naturalmente porque o equilíbrio entre as 16 equipas que compunham a série 2 nunca permitiu grandes declives competitivos.
O nosso início foi exigente, com dois empates - um deles inacreditável e que ditou o nosso "toque de alarme" frente ao Vilar, em que a 5 mins do fim vencíamos por 4-1 e deixámo-nos empatar ainda antes do apito final.
A partir daí arrancámos para uma série fantástica, o melhor campeonato da história do clube.
Chegámos a ter 8 pontos de vantagem mas na 2ª volta pagámos caro o preço do 1º lugar.
Não piorámos, nem mudámos de atitude, mas os adversários colocaram ainda mais empenho e determinação nos encontros disputados connosco.
Houve uma derrota, frente à ARDACM, que deixou marcas, porque sentimos que éramos muito superiores e no último minuto, com a vitória ao nosso alcance e um jogador a mais tivemos um azar que ditou uma derrota caseira muito difícil de digerir.
Sentimos que nos puseram em causa e mesmo perdendo o 1º lugar na penúltima jornada nunca baixámos os braços e continuámos a treinar com a mesma determinação.
Sabíamos que merecíamos e que tínhamos hipótese de fazer justiça.
Não creio que muitas equipas tivessem a fé que nós tivemos e trabalhassem com o mesmo afinco se tivessem a consciência de que não dependiam delas próprias depois de toda uma época em 1º lugar.
Fomos os mais fortes, fomos os mais regulares, fomos os melhores e tivemos o prémio merecido, sem desrespeito ou desconsideração para qualquer dos nossos adversários.
2.º- Conhecimento do adversário.
É um adversário conhecido, que já defrontámos em jogos nacionais de cooperativas.
Como amantes de futsal que somos conhecemos o projecto SACHE, sustentado, com atletas de grande qualidade e bem orientados.
Praticam um estilo de jogo atractivo e que prestigia a modalidade pelo que esperamos muitas dificuldades.
Todavia, também conquistámos a nossa série e temos vontade e capacidade para vencer.
De qualquer forma vamos entrar em campo com total respeito pelo adversário e espero sinceramente que do outro lado haja o mesmo sentimento de fair-play.
Podemos, sem dúvida, em conjunto, prestigiar o espírito cooperativo e o futsal pois na final vão estar duas formações capazes.
Por último ficam, em nome da ACD Coopermaia, as nossas felicitações pelo título conquistado na série 1 - conquistado e inequivocamente merecido.
3.º- Sobre o teu plantel......
Que dizer sobre os meus atletas?
Não tivemos nunca um grupo de estrelas ou de vedetas, não tivemos grandes orçamentos nem muitos treinos.
O segredo do sucesso esteve, na minha perspectiva, na crença que os atletas demonstraram aquando do meu regresso ao clube.
Prometi-lhes que se acreditassem e que se trabalhassem de encontro àquilo que lhes ia ser pedido iríamos subir de divisão.
Creio que o nosso staff cumpriu a promessa mas acima de tudo os jogadores cumpriram e foi visível o espírito de auto-superação que se impuseram.
São campeões porque quiseram sempre, porque acreditaram sempre, porque souberam ser solidários, porque ajudaram os treinadores, porque quiseram e souberam ser parte de uma família onde nem todos estiveram sempre felizes e animados mas onde todos souberam esperar o seu momento e compreender quando a maré lhes era mesmo favorável.
Para se aquilatar a qualidade deste grupo - especialmente para os que dele duvidaram - basta referir que fizeram a melhor época de sempre da história da colectividade.
Aconteça o que acontecer, esse é um feito que guardarão para sempre.
É um orgulho enorme treiná-los.
4.º - Antevisão da final.
Será um jogo que, apesar de estarmos a preparar com seriedade e afinco, se revestirá sem dúvida de um ambiente de festa.
Estamos absolutamente tranquilos, com a noção do dever cumprido.
Vencendo ou perdendo já demos à ACD Coopermaia o melhor ano de sempre e não será um jogo que irá mudar aquilo que somos.
Queremos obviamente ganhar mas queremos acima de tudo prestigiar mais uma vez o nome e a história da nossa agremiação.
E queremos também que tudo se processe num clima de enorme desportivismo e paz, como sempre foi nosso apanágio ao longo de toda a época.
É um jogo de tripla, sobre o qual não vale a pena estar a tecer muitas considerações técnico-tácticas dado o seu carácter de imprevisibilidade.
Apenas uma chamada de atenção.
Creio que é no mínimo incompreensível que um jogo desta índole, uma final de seniores, entre duas equipas de qualidade e que praticam um futsal de bom nível, seja disputado num pavilhão como o da Senhora da Hora, cujo piso não dignifica em nada o potencial dos dois grupos.
Acho que quer a Sache quer a Coopermaia mereciam um pouco mais de respeito por parte da Associação de Futebol do Porto, que com esta escolha não dá um grande sinal a dois clubes que sempre procuraram promover a modalidade.
Francisco de Sá Fardilha - Treinador ACD Coopermaia